Se as
coisas forem aparência, também eu sou aparência e elas são, assim, iguais a
mim. É isso que as torna tão queridas e veneráveis aos meus olhos: elas são
iguais a mim. É por isso que as posso amar. E isto é um ensinamento que te fará
rir: o amor, Govinda, parece-me ser o mais importante. Compreender o mundo,
explicá-lo, desprezá-lo, são coisas que poderão agradar aos grandes pensadores.
Mas eu considero mais importante amar o mundo, não o desprezar, não o odiar nem
me odiar, observá-lo, a mim e a todos os seres com amor e admiração e respeito.
Siddhartha, Hermann Hesse
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